A morte do fundamental pensador anticolonial e marxista revolucionário Frantz Omar Fanon completou 60 anos em 2021. Nascido em 20 de julho 1925 na Martinica, departamento ultramarino francês no Caribe, o psiquiatra, ensaísta e filósofo morreu em 6 de dezembro de 1961, nos EUA, em decorrência de problemas de saúde. Fanon formou-se em medicina na França, seguindo depois para o Norte da África, onde se tornou militante da Frente de Libertação Nacional (FNL), a partir de 1957, e tomou parte na luta de libertação argelina.
Intelectual revolucionário e principal teórico da negritude, Frantz Fanon combinou a análise dos efeitos psíquicos do racismo e do colonialismo com a necessidade de emancipação dos povos colonizados, produzindo uma obra que influenciou lutas de libertação por todo o mundo.
A Coleção Fanon Revolucionário, com seus quatro livros fundamentais, organizada pelo Editorial Adandé, tem como objetivo popularizar as obras do psiquiatra e revolucionário negro, com novas e cuidadosas edições e preços acessíveis, para trazer a perspectiva fanoniana às lutas atuais e ajudar na formação militante, revolucionária, anti-imperialista e anticolonial.
Boa parte dos livros de Fanon estão esgotados no Brasil ou são encontrados com valores exorbitantes. Entre os meses de setembro e dezembro, suas obras estarão disponíveis em nosso catálogo, com um lançamento por mês. Iniciaremos com “Pele Negra, Máscaras Brancas”, seguido de “Em Defesa da Revolução Africana”, livro póstumo lançando em 1964, publicado originalmente em 1952 acompanhado de “Os Condenados da Terra”, seu livro clássico de 1961, e pôr fim, “Sociologia de uma Revolução”, de 1959, livro inédito em português e que foi publicado também como “O Ano V da Revolução Argelina” ou “Um Colonialismo Moribundo”.
Imagens colorizada para a coleção Fanon Revolucionário por Luiz Evaristo.