1º de Janeiro: dia da libertação dos povos

• Em 1º de janeiro de 1804 o Haiti declarava sua independência, após o povo negro haitiano liderado pelo general Toussaint L’Ouverture vencer as tropas coloniais francesas. Com a revolução, o Haiti se tornaria a primeira república negra livre, inspirando lutas contra a escravidão e o colonialismo em todo o mundo.

• Em 1º de Janeiro de 1959 o Movimiento 26 de Julio, sob a liderança de Fidel Castro, Camilo Cienfuegos e Che Guevara declarava em Havana o triunfo da Revolução Cubana sobre a ditadura de Fulgencio Batista, combinando a guerra de guerrilhas no campo com as lutas de massas nas cidades. Cuba se torna o primeiro país socialista das Américas, apoiando e inspirando lutas de libertação em toda a América Latina e na África.

• Em 1º de Janeiro de 1994 o Ejército Zapatista de Liberación Nacional (EZLN), no mesmo dia em que entrava em vigor o NAFTA, declarava guerra ao governo neoliberal de Carlos Salinas, através da Primeira Declaração da Selva Lacandona. A insurreição armada zapatistas tomou as cidades de San Cristóbal de Las Casas, Altamirano, Las Margaritas, Ocosingo, Oxchuc, Huixtán e Chanal. Em Las Margaritas, o Subcomandante Pedro, segundo no comando do EZLN, é morto em combate. Negociações de paz são iniciadas entre o EZLN e o governo federal. O Levante Zapatista de 1994 deu início as expediências de autogoverno popular-indígena nos municípios rebeldes através das Juntas de Bom Governos e dos Caracoles.

• Em 1º de Janeiro de 2014 os cantões de Afrîn, Jazira e Kobanî no Curdistão sírio declaram a autonomia e a constituição de Rojava. A revolução curda é dirigida pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), sob uma perceptiva socialista autogestionária, da ecologia social e da igualdade de gênero (jineologia). O confederalismo democrático, criado por Abdullah Öcalan, o Apo, preso político do fascismo turco, busca a construção de um Curdistão unificado, socialista e independente no Oriente Médio. As forças revolucionárias curdas constituíram as YPG (Unidades de Proteção Popular) e as YPJ (Unidades de Defesa das Mulheres) responsáveis pela autodefesa da Federação Democrática do Norte da Síria

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